21 de setembro de 2016

Teletime destaca perspectivas da Aloo Telecom para os próximos dois anos

O site Teletime publicou na última segunda-feira, 19, notícia sobre a Aloo Telecom, destacando a intenção da empresa em ampliar 10 mil km de rede em dois anos.

Confira a matéria:

Com atuação tradicionalmente focada no Nordeste, a Aloo Telecom planeja expandir sua rede e contar com atuação nacional. A companhia, natural de Alagoas, conta atualmente com cerca de 15 mil km de fibra na região, avançando até o Sudeste, e o planejamento é de atingir 25 mil km nos próximos dois anos, com projetos já em fase de licenciamento em Rondônia, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Espírito Santo e São Paulo. Atualmente focada em quatro verticais no atacado – corporativo, governo, provedores de Internet e operadoras; em uma divisão “mais ou menos” com mesmo faturamento -, o objetivo da empresa é focar na oferta de tráfego. “A gente quer ser um grande tubo”, declarou a este noticiário o diretor executivo da empresa, Felipe Cansanção.

Além da rede própria no Nordeste, o backbone da Aloo tem fibra derivada de acordo de swap na rota Salvador/Belo Horizonte, Belo Horizonte/Rio de Janeiro, Salvador/Vitória e Salvador/Rio de Janeiro. “Temos fibra apagada na Dutra entre Rio de Janeiro e São Paulo, e entre Araraquara (SP), Cuiabá e Porto Velho, que fazem parte da nossa malha nacional”, diz. Além disso, a rede construída até São Paulo também está apagada. “O segundo passo é acender as fibras”, declara. A infraestrutura atual é composta por 9 mil km de backbone (próprio e swap) e aproximadamente 6 mil km de redes metro em todas as capitais e principais cidades nordestinas.

A empresa alagoana quer expandir também no Nordeste. “Temos POPs em operação da Bahia até o Piauí, e planejamos construir rede própria na região”, afirma Cansanção. “Para o planejamento nacional, a gente fez alguns acordos estratégicos de swap de fibra com a TIM, Telefônica, GVT e com a Algar Telecom. A Aloo conta também com contrato de cabo OPGW para o linhão de 2,4 mil km ligando as cidades de Araraquara – Cuiabá – Porto Velho. Com as operadoras, ela provê rede também para backhaul de estações radiobase (ERBs). Com a TIM, por exemplo, utiliza a infraestrutura de fibra até o site (FTTs) para oferecer 4G em cidades como Mossoró (RN), Campina Grande (PB), Olinda (PE) e Arapiraca (AL).

Saída internacional

A Aloo Telecom conta com rede metropolitana de cerca de 200 km em Fortaleza, cidade de escoamento de rotas submarinas que deve receber nos próximos anos pelo menos mais três grandes sistemas.”Além de Fortaleza, temos rede metro em Natal, que é muito importante porque temos anel ótico que interliga todas as estações de cabo submarino com as estações de longa distância terrestre, então é um anel que temos expectativa de, nos próximos dois anos, contarmos com mais de 4 Tbps de capacidade”, declara o executivo. Essa infraestrutura conecta as rotas submarinas da Telxius (antiga TIWS, spin-off da Telefónica), GlobeNet, Level 3 e de futuros cabos da Angola Cables, como o Brasil-Luana e o Monet (este em parceria com Google, Algar Telecom e Antel). Na parte terrestre, conecta-se aos backbones da Telefônica/GVT, eTIM/Intelig, além da rede própria.

“Temos (infraestrutura) importante como Fortaleza porque nesse quadrante é um eixo de interligação do Nordeste com backbones do Sudeste”, declara, citando um quadrante ótico que interliga as cidades baianas de Salvador, Camaçari, Alagoinhas e Feira de Santana, conectando o pólo industrial local. Há ainda as rotas de longa distância de Salvador para Belo Horizonte e Vitória – conforme explica o executivo, o sistema da Aloo é o mais recente e de maior capacidade, então a expectativa é que vire o tronco principal em médio prazo. A rota já é usada pela TIM e pela Telefônica.

De olho nas fibras

Para a companhia, o crescimento orgânico futuro é o foco, mas não está excluída a possibilidade de incorporar outras infraestruturas. “Existe algumas oportunidades no mercado de fibra apagada, como empresas como Petrobras, Vale, CPFL aqui de São Paulo, que construíram backbones próprios de fibra devido à precariedade de atendimento onde atuam, e elas não sabem fazer dinheiro com a operação, não é o core dela, então a gente começa a ver algumas dessas empresas querendo vender ativos de fibra”, declara. “Existe sim (a possibilidade) de a gente adquirir possivelmente esses ativos estratégicos que sejam complementares ao nosso backbone”, completa.

 

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