O universo da tecnologia em 2018
Depois da retrospectiva de 2017, é hora de começar a pensar no ano que vem. E no setor da tecnologia não é diferente: produtos, temas, plataformas e invoações que devem bombar em 2018 começam a ser planejados bem antes.
O TecMundo reuniu abaixo algumas tendências que o mundo inteiro deve ouvir falar bastante nos próximos meses e explicou rapidamente cada um deles.
Assim, você fica preparado para encarar o mundo da tecnologia e aproveitar ao máximo os conteúdos aqui do site ano que vem — além de ter alguns assuntos bem diferentes para conversar com a família na a ceia de Natal.
O blockchain estará em mais lugares
A tecnologia de blockchain vai começar a ser aplicada em vários setores, não só na formação de novas moedas. Basicamente, ela descentraliza dados em código aberto e faz isso de forma criptografada, o que ainda dificulta a identificação da origem e aumenta a segurança.
Em 2017, já tivemos a enciclopédia digital e um celular nessa onda. Só que o potencial é muito maior: espere o uso de blockchain com a Internet das Coisas para gerenciar dispositivos da casa inteira, análise de dados e muito mais. Empresas como a IBM já direcionaram esforços para pesquisar melhor a plataforma e startups também já estão de olho nessa onda.
As criptomoedas vão bombar (para o bem e o mal)
Desde novembro de 2017, a Bitcoin começou a disparar. Isso gerou o interesse de muita gente que nunca tinha nem ouvido falar em criptomoedas, fez a flutuação dela ficar ainda mais instável e gerou muita expectativa sobre qual valor ela vai atingir no ano que vem.
Só que ela não é a única. O Ethereum se estabilizou em segundo lugar, o hard fork originou a Bitcoin Cash, a IOTA começou a chamar a atenção e até algumas que já eram mais velhas, como a Litecoin, ganharam espaço. Para 2018, podemos esperar novas moedas surgindo, muita variação de preço e também problemas de segurança, que estão bem frequentes nesta fase em que essa ainda não é a primeira preocupação.
Uma internet de muito mais Coisas
Você já deve ter lido e ouvido por aí que a IoT (Internet das Coisas, na sigla traduzida em português) é algo maravilhoso e que só vai evoluir, mas é possível que a sua residência não esteja tão integrada assim. Em 2018, a ideia é que ao menos algum passo seja dado nessa popularização em nível mundial.
A IoT não vai crescer sozinha, apesar de provavelmente apresentar ao longo do ano grandes lançamentos com as mais diversas funções.
Ela terá ao seu lado o 5G, que deve começar a ser testado em 2018, a implementação mais difundida do protocolo IPv6 e o sistema de redes mesh, que melhora significativamente a cobertura do WiFi, mas só chegou há pouco tempo no Brasil.
Inteligência artificial expandindo
Achou que saíram muitas novidades sobre Inteligência Artificial em 2017? Achou certo, mas você vai ouvir falar ainda mais disso em 2018. Isso porque os sistemas estão cada vez mais inteligentes e muita coisa de qualidade deve sair dos laboratórios e entrar no mercado no ano que vem.
A grande arma do ano será o machine learning, que é o aprendizado automático e por indução de um sistema, estando sempre em evolução.
Setores como saúde (em dianóstico), comércio (em organização de produtos e sugestões de anúncios) e até jornalismo (tratamento de dados e checagem de fatos) vão se beneficiar muito da IA — e, com o hype já um pouco menor, é hora de colocar a mão na massa.
Maior uso de comandos de voz
Os comandos de voz para falar com assistentes pessoais já são bastante úteis, mas eles devem ficar ainda melhores e mais indispensáveis em 2018. Siri, Cortana, Google Assistente, Alexa e Bixby estarão constantemente em disputa para ver quem lança o melhor recurso para o usuário. Mais recursos devem ser ativados só usando a voz e a ideia é que você precise cada vez menos ficar usando as mãos para tudo no aparelho.
Nuvem de forma nativa
Calma, você não está lendo a previsão de anos atrás. A computação em nuvem já é algo bastante comum em muitos setores, é verdade, mas ela ainda tem um passo a ser dado — e pode ser que essa hora tenha finalmente chegado em 2018.
A expansão de plicativos que nascem e operam direto da nuvem é um passo que pode melhorar produtos que já estão em funcionamento e gerar serviços ainda mais incríveis. Softwares que não operam fisicamente do aparelho em que você está usando podem ser mais econômicos em energia e preço, sem perder em desempenho.
Assistentes caseiras finalmente no Brasil
Essa é mais uma expectativa do que um palpite. Google Home, Home Pod, Amazon Echo e muitos outros assistentes pessoais em forma de alto-falante já estão virando moda lá fora, com várias fabricantes entrando nesse mercado. Só que o público brasileiro que deseja algo do tipo só tem uma opção: importar e, depois de instalado, só poder se comunicar em inglês.
O Brasil ainda tem uma série de obstáculos, é verdade. Para começar, a conectividade dentro de casa é um problema para muita gente, já que velocidade e qualidade de sinal sem fio são problemas que muitas pessoas enfrentam. Além disso, o preço de dispositivos de IoT já não é exatamente acessível, e o público ainda teria que pegar gosto e ser convencido da utilidade desses alto-falantes.
O lançamento depende ainda de itens citados acima neste artigo, como assistentes pessoais melhorados em português do Brasil ou que falem o idioma, como é o caso da Alexa.
Smartphones intermediários com tela sem bordas
A Samsung já queimou a largada nessa previsão. Recentemente, ela apresentou os modelos Galaxy A8 (2018) e A8+ (2018) com a tecnologia Infinity Display, ou seja, praticamente sem bordas e com o painel frontal quase inteiro dedicado à tela. O diferencial? Os dois aparelho não são considerados top de linha, se encaixando em “intermediário Premium”.
O Galaxy A8 de 2018.
É mais ou menos isso que deve acontecer no ano que vem: as fabricantes vão apostar na “tela infinita” (que recebe um nome diferente em cada companhia) para produtos de outras linhas. Isso significa que o preço deles pode subir, mas que eles com certeza ficarão mais chamativos — e que os top de linha precisarão de um novo diferencial.
O “Modo PC” em smartphones
Essa é uma aposta que, para atingir o seu potencial máximo, deve ficar para o segundo semestre e talvez até para 2019. A tecnologia que permite a smartphones se transformarem em computadores em miniatura quando ligados a um monitor, mouse e teclado já existe, mas deve ser popularizada em breve.
O projeto Continuum.
Ações já existem: o Continuum, da Microsoft; o Dex, da Samsung; o Desktop Mode, da Huawei. Ele deve ficar restrito a modelos top de linha em 2018 e nem todas as companhias podem curtir a ideia, mas com certeza as especificações técnicas de váriso dispositivos móveis já permitirão o uso dele como PC. Essa é uma tecnologia que pode até aposentar o uso de computadores para tarefas casuais.
Realidade aumentada mais usada e ousada
A realidade virtual (VR) já teve anos mais fortes, quando dispositivos como HTC Vive e Gear VR foram lançados. Ela não vai sumir de cena, mas é a realidade aumentada (AR) deve começar a ganhar mais terreno.
A Apple aposta bastante na plataforma com o ARKit e os iPhones e iPads devem ter cada vez mais recursos nessa área. Além disso, a Google não fica muito atrás: o Tango não deu muito certo, mas foi a semente que gerou o ARCore, esse sim cheio de possibilidades.
O game de The Walking Dead em AR.
Com a explosão de Pokémon GO seguida da estagnação com menos usuários, desenvolvedoras já aprenderam melhor como fazer um jogo do tipo — e The Walking Dead e Harry Potter são só alguns dos confirmados.
Display flexível no celular: agora vai?
Todo ano é a mesma história. Patentes de grandes marcas indicam que teremos smartphones com telas realmente dobráveis flexíveis em breve, mas tudo o que aparece é um experimento como o LG Flex ou o ZTE Axom M.
O projeto conceitual da Samsung.
Em 2018, dá para adiantar: isso não vai ser grande e difundido ainda. Porém, já poderemos ter os primeiros esforços dessa tecnologia sendo realmente aplicada com todo o seu potencial. A Samsung parece que deve finalmente entrar nesse setor depois de anos de conceitos e a Huawei parece disposta a seguir essa ideia.
A batalha entre bots, fake news e redes sociais
Independentemente da sua posição política, não dá para negar: as notícias falsas e os bots que forjam informações, compartilham notícias falsas ou fazem interações e elogios robóticos nas redes sociais vieram para ficar.
Por isso, além do aumento de fakes, bots e as chamadas “fake news”, veremos novas formas de combater isso.
Facebook, Google e Twitter estão aprimorando ferramentas, mas as armas de quem controla essas redes também estão melhores. É claro que eleitores não são completamente manipulados e uma eleição leva em conta vários fatores, mas essa é uma preocupação real. Aliás, em 2018, o Brasil vai passar por novas eleições e esse comportamento com certeza será identificado novamente.
…
E aí, por qual das possíveis novidades da tecnologia em 2018 você está mais ansioso? O que a gente não citou nessa lista que é bastante aguardado para o ano que vem? Deixe o seu comentário e cruze os dedos para tudo isso se tornar realidade.
Fonte: Tecmundo