Índice Cisco Global Cloud Index indica que o tráfego da nuvem deve crescer quase quatro vezes e saltar para 14,1 zetabytes em quatro anos
O Computer World publicou, recentemente, notícia afirmando que o tráfego da nuvem deve crescer quase quatro vezes e saltar de 3,9 zetabytes (ZB) em 2015 para 14,1 ZB, ao ano, até 2020.
Confira matéria:
O tráfego da nuvem deve crescer quase quatro vezes e saltar de 3,9 zetabytes (ZB) em 2015 para 14,1 ZB, ao ano, até 2020. O dado consta da sexta edição anual do Global Cloud Index (2015-2020) da Cisco Systems, que atribui essa expansão ao aumento da migração das empresas para arquiteturas de nuvem por conta da capacidade de se expandir rápida e eficientemente e suportar mais cargas de trabalho do que os datacenters tradicionais.
Com a maior taxa de virtualização dos data centers, os operadores de nuvem poderão oferecer maior variedade de serviços para empresas e consumidores com um desempenho ideal. Segundo a análise, a nuvem dominará e vai superar o crescimento dos tradicionais data centers até 2020, quando 92% da carga de trabalho será processada por data center de nuvem e 8% por data centers tradicionais.
Além disso, até 2020, 68% (298 milhões) da carga de trabalho de nuvem estará em data centers de nuvem pública, na comparação com os 49% (66,3 milhões) em 2015 — 35% de taxa composta de crescimento anual entre 2015-2020.
Recursos como Internet das Coisas (IoT) e big data vão impulsionar o mercado. IoT será um grande gerador de dados, atingindo 600 ZB por ano até 2020, 275 vezes maior que o tráfego projetado entre os data centers e dispositivos/usuários finais (2,2 ZB); 39 vezes maior que tráfego total projetado de data centers (15,3 ZB).
Já big data vai impulsionar o crescimento geral de dados armazenados. Globalmente, os dados armazenados em data centers vão quintuplicar até 2020, atingindo 915 exabytes (EB) até 2020, um incremento de 5,3 vezes (uma taxa de crescimento composto anual de 40%) a partir do patamar de 171 EB em 2015.
Pela primeira vez, a Cisco também quantificou e analisou o impacto dos data centers hyperscale, que devem crescer de 259, em 2015, para 485 até 2020. O tráfego de data centers hyperscale deve quintuplicar nos próximos cinco anos. Essas infraestruturas serão responsáveis por 47% dos servidores instalados nos data centers e vão suportar 53% de todo o tráfego de datacenters até 2020.
Durante os próximos cinco anos, quase 60% dos data centers hyperscale devem implantar soluções SDN/NFV. Até 2020, 44% do tráfego dentro dos data centers serão suportados por plataformas SDN/NFV (no patamar de 23% em 2015) à medida que seus operadores buscarem mais eficiência.
Armazenamento na nuvem
O estudo mostra ainda que até 2020, 59% dos consumidores de internet (2,3 bilhões de usuários) usarão recursos de armazenamento pessoal na nuvem, a partir dos 47% (1,3 bilhão de usuários) em 2015. Além disso, o tráfego gerado por armazenamento na nuvem por consumidor será de 1,7 GB por mês versus 513 MB por mês em 2015.
A capacidade de armazenamento dos data centers está aumentando para acomodar a migração dos dados dos dispositivos de consumidores para a nuvem. Até 2020, a capacidade instalada de armazenamento dos data centers crescerá de 382 EB em 2015 para 1,8 ZB, um incremento de quase cinco vezes.
A capacidade total instalada de armazenamento dos data centers de nuvem naquele ano será responsável por 88% do armazenamento total dos data centers na comparação com os 64,9% em 2015.
Segundo a Cisco, há uma grande oportunidade de crescimento ainda maior à medida que mais dados de dispositivos estiverem on-line. O volume de dados armazenados nos dispositivos (5,3 ZB) será cinco vezes maior do que os dados armazenados nos datacenters até 2020.
“Impulsionada por demandas de vídeo, IoT, SDN/NFV e muito mais, prevemos que essa grande migração para a nuvem e o aumento do volume de tráfego de rede gerado como consequência seguirão acontecendo em uma taxa acelerada à medida que os operadores procurarem simplificar suas infraestruturas para prestar serviços IP de maneira mais rentável tanto para empresas quanto para consumidores”, afirma Doug Webster, vice-presidente de marketing para provedores de serviços da Cisco.